Projeto cultural, com objetivo de inclusão social e cultural no agreste alagoano.

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Alteração na Lei, Patrocínio e Esperança

Alteração na Lei

Ao contrário do que pensam alguns produtores, acho que não corremos grandes riscos de dirigismo cultural. Na linha de raciocínio do próprio Ministro, esse dirigismo já ocorre, de certa forma, pelo próprio mercado e pela renúncia fiscal, ficando praticamente 90% do financiamento cultural nas mãos dos departamentos de marketing das empresas.

O fortalecimento do FNC vem na direção oposta, para acabar ou minimizar este dirigismo cultural, através de editais e comissões paritárias com a classe artística e a sociedade. Por mais que esse mecanismo tenha lá os seus defeitos, não vejo, a princípio, outra solução mais adequada e democrática.

A busca de patrocínio

É um calvário, disso ninguém tem dúvida. Quando formatei e elaborei meu projeto, tive a nítida impressão que conseguiria patrocínio, tendo em vista a natureza do projeto, que traria aos seus participantes um resultado de inclusão cultural, formação de novas platéias, geração de multiplicadores e, por fim, resultando plenamente na inclusão de uma população que não tem acesso a nada, vivendo à margem e esquecidos (região do agreste e sertão nordestino), projeto este aprovado no Art. 18 segmento de Artes Integradas.

Encaminhei diversas solicitações de patrocínio (evidentemente, estudei os perfis das empresas verso meu projeto, verificando a grande possibilidade na aprovação do pedido), fiz apresentações em Powerpoint, plano de marketing condizente com a empresa e assim por diante, imaginando que seriam informações necessárias para quem estivesse analisando, pudesse visualizar corretamente o projeto.

As negativas são educadas, entretanto um tanto desalinhadas com o aquilo que é publicado em seus sites, pois normalmente elas afirmam que "são empresas que buscam o novo, buscam interagir com o universo da cultural em seus diversos segmentos, etc.".

Na prática...

Empresas patrocinam, pessoas ou grupos que já têm seu merecido reconhecimento no cenário cultural brasileiro. Pergunto: o público é realmente carente? É um público sem acesso à cultura? É um público sem oportundades?

Meu projeto tem a verdadeira intenção de incluir, interagir, dar a oportunidade a essas pessoas para que possam ir a museus, concertos musicais, teatro, dança, exposições de artes, conhecer cidades históricas, enfim, ter a oportunidade de mudar suas perspectivas e, quem sabe, mudar suas vidas.

Nenhum comentário:

Postar um comentário