Projeto cultural, com objetivo de inclusão social e cultural no agreste alagoano.

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Cultura X Patrocínio Cultural

No Brasil, Lula representou a vanguarda nessa política. Sem uma política que contemple a enorme diversidade cultural e artística de um país imenso como o Brasil, o governo Lula foi esvaziando progressivamente as instituições do Estado e transferindo para as empresas o gerenciamento da cultura.

Existe um verdadeiro monopólio por parte do empresariado privado em relação à cultura. O Sesc, entidade que reúne os empresários do setor do comércio, montou uma rede de centros culturais luxuosos aos quais só têm acesso as produções que se enquadram em uma extensa lista de exigências. Basicamente o que isso tem provocado é o empresariamento da produção cultural, com a conseqüente dissolução das pequenas produções independentes.

A cultura e a arte no Brasil, caminham ao sabor do mercado e dos interesses políticos do governo no momento.

É uma política dúbia, ou seria mais claro dizer que o governo não tem uma política cultural, não tem um projeto definido. Enquanto um banco como o Bradesco, por exemplo, “patrocina” a milionária companhia canadense Cirque du Soleil, a arte circense no Brasil está jogada no limbo há décadas.

Ao mesmo tempo, o governo faz populismo com a cultura, por meio de políticas assistencialistas nos bairros pobres, onde as Ong’s, entidades religiosas e fundações ligadas ao imperialismo levam uma política de convivência cidadã e programas que geram muita propaganda para o governo, mas pouca sustentação ao trabalho artístico.

Sem condições de disputar a atenção do público com os milionários eventos patrocinados pelas empresas, meu projeto não foi contemplado das inúmeras vezes que participou de editais ou solicitação de patrocínios dirigidos diretamente as empresas. isso prejudica o avanço da arte, prejudica o processo de formação de público.

Se partimos da virada do milênio, temos aí uma retrospectiva de montagens que se preocupam sobretudo em abordar essas transformações, nem que para isso tenham de lançar mão de conceitos estéticos já conhecidos, porque não há verba ou qualquer incentivo para a pesquisa teatral e a descoberta de novas linguagens. Algo parecido ocorre no cinema, onde apenas alguns poucos diretores conseguem apoio das empresas para rodar seus filmes. As chances são cada vez mais restritas e o “padrão Hollywood” domina as produções nacionais.

Essa é a própria negação da cultura. Ao contrário do que dizem os teóricos da pós-modernidade, que proclamam “tudo é cultura”, hoje em dia “nada é cultura”. Porque o que predomina é a cultura comercial, que dilui as diferenças e impede a criação, quando na verdade a cultura é o que move o indivíduo para longe da indiferença, da indistinção; cultura é uma construção que só pode proceder pela diferenciação. Seu oposto é a diluição. O que faz o cinema comercial, por exemplo – e com ele toda a não-cultura – é promover a diluição, para que possa se multiplicar comercialmente, como mercadoria (Teixeira Coelho, “O que é Ação Cultural”).



quarta-feira, 6 de abril de 2011

Conheça o Projeto Aplauso no Agreste!


Num país com a extraordinária diversidade cultural do Brasil, projeto "Aplauso no Agreste" tem por objetivo auscultar as diferentes expressões culturais do Nordeste.
Aplauso no Agreste tem como prioridade e objetivo realizar um amplo processo de inclusão cultural, garantindo, de forma progressiva, o acesso de toda a cidadania à produção e fruição cultural, bem como a livre circulação de idéias e de formas de expressão artística.
A memória, o patrimônio imaterial que lhe dá fisionomia, que a perpetua e alimenta a criação de novas representações no artesanato, no cordel, na literatura, nos repentistas, nas técnicas artesanais, na dança, no folclore, na música, nas festividades religiosas, na arquitetura, lida, em uma palavra com a alma do povo. É possível dizer que se o desenvolvimento econômico expresso o bem-estar material de uma nação, é o desenvolvimento cultural que define a sua qualidade.
Está expresso nesse texto o compromisso do projeto como o direito básico do cidadão, como um direito republicano tão importante como o direito ao voto, à moradia digna, à saúde, à educação, à aposentadoria: a transmissão dos seus valores ensinados e aprendidos ao longo da história.
A valorização da cultura regional é um elemento fundamental do projeto no resgate da identidade do país. É preciso, pois, abrir espaço para a expressão de nossas peculiaridades culturais, sem que isso se confunda com um nacionalismo estreito, mas sim articulado e aberto às culturas. Trata-se, na linha de nossa melhor tradição cultural nordestina, de resgatar os traços peculiares de nossa identidade em formas de expressão de cunho universal, isto é, em diálogo aberto com todo mundo.
Aplauso no Agreste tem como foco principal a inclusão cultural, social, educacional e o regaste da cultura nordestina. O projeto prevê a inclusão de crianças, adolescentes, jovens, como também, da população de modo geral de Palmeira dos Índios, povoados, cidades circunvizinhas no Agreste Alagoano, por meio do acesso a eventos culturais da região.
Na construção da cidadania, à cultura desempenha o importante papel de fortalecer a auto-estima e o sentimento de pertencimento do indivíduo em seu grupo, sua comunidade, sua cidade. Nesse sentido, pelo caminho do acesso à cultura, o projeto Aplauso do Agreste! Surge com o intuito de promover a melhoria da qualidade de vida das crianças, adolescentes e jovens de baixa-renda de Palmeira dos Índios, município do interior alagoano.
A iniciativa pretende incentivar e viabilizar o acesso de crianças, adolescentes, jovens da rede pública de ensino municipal e superior a eventos culturais do município e do Estado de Alagoas, tais como: visitas monitoradas aos monumentos históricos, festas populares e religiosas, exposições de obras dos artesãos, centros culturais, concertos musicais de rabequeiros, espetáculos folclóricos, teatrais, dança e atividades culturais criadas e realizadas pelos participantes do projeto com intuito de fortalecer a cultura local ex.: (Pastorinhas, Festa de Reis, Toré, Coral das Lavadeiras do Rio Paraíba – AL, Rabequeiros, Bacamarteiros, Literatura de Cordel, Repentistas) entre outras.
Somos mestiços. Não apenas etnicamente mestiços. Somos culturalmente mestiços. Dançando o Aruanã sob a lua; rezando numa capela de Nossa Senhora Chestokova; curvadas sobre a almofada da renda de bilros; trocando objetos e valores no Moitará; depositando votos aos pés dos nossos santos; sambando na avenida; contemplando a pedra barroca tocada pela eternidade do Aleijadinho; dobrando a gaita numa noite de frio, no sul; tocados pela décima corda da viola sertaneja; possuídos pelo frevo e o maracatu nas ladeiras de Olinda e Recife; atados à corda do Círio de Nazaré; o coração de tambores percutindo nas ruas do Pelourinho ou no sapateado do cateretê; girando a cor e a vertigem do Boi de Parintins e de São Luiz. Somos irremediavelmente mestiços.
Aplauso no Agreste lida com Cultura, sendo assim, lidamos com valores simbólicos, materiais e imateriais. Numa sociedade como a nossa, que vive uma profunda crise de valores, esse, sem dúvida, será um campo em que podemos marcar as profundas diferenças que mantemos com as propostas conservadoras.
Além de promover a cidadania pelo caminho da cultura em Alagoas, segundo estado brasileiro com o menor índice de Desenvolvimento Humano (IDH), Aplauso no Agreste! Contribui com a descentralização de investimentos no setor cultural e a democratização do acesso à cultura – bandeira atualmente levantada pelo Ministério da Cultura com a proposta de reforma da Lei de fomento e incentivo à cultura – Lei Rouanet, diante da concentração de captação de recursos no eixo Rio - São Paulo e no Sul do país.
Na construção da cidadania, a cultura desempenha o importante papel de fortalecer a auto-estima e o sentimento de pertencimento do indivíduo em seu grupo, sua comunidade, sua cidade. Nesse sentido, pelo caminho do acesso à cultura, o projeto Aplauso do Agreste! Surge com o intuito de promover a melhoria da qualidade de vida das crianças e adolescentes de baixa-renda de Palmeira dos Índios, município do interior alagoano, com cerca de 70 mil habitantes.
A iniciativa pretende incentivar e viabilizar o acesso de cerca de oito mil crianças e adolescentes da rede pública de ensino municipal a eventos culturais do município e do estado de Alagoas, tais como: visitas monitoradas a monumentos históricos, exposições de obras de arte em museus e centros culturais, concertos musicais, espetáculos folclóricos, teatrais e de dança, dentre outras atividades culturais realizadas na região.
Além de promover a cidadania pelo caminho da cultura em Alagoas, segundo estado brasileiro com o menor índice de Desenvolvimento Humano (IDH), Aplauso no Agreste! Contribui com a descentralização de investimentos no setor cultural e a democratização do acesso à cultura – bandeira atualmente levantada pelo Ministério da Cultura com a proposta de reforma da Lei de fomento e incentivo à cultura – Lei Rouanet, diante da concentração de captação de recursos no eixo Rio - São Paulo e no Sul do país. 

Equipe:

Coordenador na área social: Felipe Leonardo B.Farias
Assessoria de Imprensa: Sara Couto
Assessor Cultural: Fábio Elias
Consultora de Captação: Juliana Barrena
Consultoria Financeira: Maria Edileuza
 

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Projeto Aplauso no Agreste

A

Pronac: 090695 – Aprovado pelo Ministério da Cultura – Art.18

Aplauso no Agreste tem como foco principal a inclusão sociocultural. O projeto prevê a inclusão sociocultural de jovens estudantes da rede pública de ensino de Palmeira dos Índios, no Agreste Alagoano, por meio do acesso a eventos culturais e preservação da cultura da região.

Além de viabilizar gratuitamente o acesso a atividades culturais como: visitas monitoradas a monumentos históricos, exposições de obras de arte em museus e centros culturais, concertos musicais, Festas populares, espetáculos folclóricos, teatrais e de dança, dentre outras, o projeto tem o intuito de contribuir para a valorização da memória, história e cultura da cidade.

A formação de monitores locais que acompanharão as atividades junto aos jovens e os debates e discussões que serão gerados em sala de aula após as visitas culturais deverão proporcionar uma transformação social e cultural nos participantes à medida que complementa a formação desses cidadãos.

Por meio do espaço de aprendizado que será proporcionado pelo projeto, os jovens participantes também serão incentivados a desenvolver habilidades sociais de convivência e participação. O reconhecimento do bom desempenho do jovem dentro do grupo ajuda-o a notar seu valor, sua importância e sua função na sociedade.

Formação acerca da cultura e história de Palmeira dos Índios bem como aspectos culturais em geral, a fim de que estejam preparados para acompanhar os jovens nas atividades culturais e também mediar os debates que acontecerão após as visitas em sala de aula, multiplicando o conhecimento adquirido na formação e também incentivando os jovens a se envolverem no novo mundo que passam a conhecer e fazer parte.

Justificativa:

Na construção da cidadania, a cultura desempenha o importante papel de fortalecer a auto-estima e o sentimento de pertencimento do indivíduo em seu grupo, comunidade, cidade. Assim, pelo caminho do acesso à cultura, Aplauso do Agreste surge visando promover melhoria da qualidade de vida da população de baixa renda de Palmeira dos Índios, no interior alagoano.

Além de promover cidadania por meio da cultura em Alagoas, 2º estado brasileiro com o menor Índice de Desenvolvimento Humano, o projeto contribuirá com a descentralização de investimentos no setor cultural e a democratização do acesso à cultura – atualmente discutidos na proposta de reforma da Lei Rouanet, diante da concentração de recursos no sul e sudeste do país.

O conceito de Edutainment (educação com entretenimento) proporciona às crianças, adolescentes e jovens a oportunidade de brincar aprendendo, atendendo necessidades do currículo regular de maneira lúdica. Com base nessa crença, o projeto prioriza passeios locais, atividades culturais e de lazer que valorizam o ensino da sala de aula, dando aos alunos a experiência prática, real e transformadora dos conceitos teóricos vividos no interior da escola.

O projeto também ajudará uma realidade em que, segundo dados do divulgados pelo IBGE, em 2008 92% dos brasileiros nunca freqüentaram museus; 93,4% jamais visitaram uma exposição de arte; 78% nunca assistiram a espetáculos de dança, teatro e concerto de música erudita.

Contribuirá coma descentralização de investimentos no setor cultural e a democratização do acesso à cultura-bandeira atualmente levantada pelo Ministério da Cultural com a proposta de reforma a Lei de Fomento e Incentivo à Cultura (Lei Rouanet) diante da concentração de captação de recursos no eixo Rio - São Paulo e no Sul do país.

Objetivo:

O objetivo principal do projeto é contribuir efetivamente para a democratização do acesso à cultura das camadas mais carentes da população do município de Palmeira dos Índios.

Esse objetivo será atingido com o incentivo e viabilização de visitas de alunos de escolas da rede pública de ensino municipal e entidades assistenciais a exposições culturais, museus, espetáculos teatrais e concertos musicais no ano 2011. A meta é atingir 10 mil estudantes da rede pública municipal, formando novas platéias e contribuindo para um futuro com melhores cidadãos, por meio de atividades culturais que acontecerão em dias da semana com horários pela manhã, à tarde ou à noite, conforme os horários de aula e das atividades culturais.

Para isso, serão selecionados 60 monitores no estado de Alagoas que receberão formação acerca da cultura e história de Palmeira dos Índios bem como aspectos culturais em geral, a fim de que estejam preparados para acompanhar os jovens nas atividades culturais e também mediar os debates que acontecerão após as visitas em sala de aula, multiplicando o conhecimento adquirido na formação e também incentivando os jovens a se envolverem no novo mundo que passam a conhecer e fazer parte.

Objetivos a serem alcançados:

- Melhoria da qualidade de vida;

- Inclusão social e cultural;

- Resgate da cidadania;

- Desenvolvimento educacional e profissional;

- Amenizar situação de crianças, adolescentes e jovens em risco social.

O projeto parte do princípio que a inclusão social e cultural incluí o individuo em um contexto que abrange o trabalho de equipe, a sensibilidade, a criatividade e o desenvolvimento da cultura pessoal e da comunidade.

Falta na região nordeste de iniciativas de inclusão à cultura, principalmente no agreste e sertão, onde a população não tem acesso ou condições financeiras. Assim, o projeto viabilizará a ida de 10 mil alunos às atrações culturais gratuitamente com monitoria educativa e transporte.

Equipamentos Culturais de Alagoas


Os espaços culturais abaixo já foram visitados e informados sobre o projeto Aplauso no Agreste, demonstrando grande interesse em colaborar com o mesmo.

Aplauso no Agreste levará os estudantes de baixa-renda de Palmeira dos Índios e da capital, Maceió aos espetáculos artísticos, exposições e eventos culturais em geral, realizados pelos diversos equipamentos culturais alagoanos.

Na capital, Maceió, onde se concentram os principais monumentos e igrejas do estado, destacam-se: o Museu Théo Brandão considerado a maior referência da Cultura Popular Alagoana, dispõe de fotografias, folhetos de cordel e livros, além de objetos da cultura brasileira; o Teatro Deodoro também chamado de “Das Princesas”, é palco de espetáculos culturais desde 1898; o Museu Pierre Chalita que guarda cerca de três mil peças entre pinturas, desenhos, pratarias, estatuário, mobiliário e quadros dos séculos XVII, XVIII e XIX. No sótão estão quadros de pintores brasileiros modernos, como Tarsila do Amaral; o Museu da Imagem e Som de Alagoas (MISA) – dispõe de dados sobre os principais acontecimentos políticos, sociais e artísticos do Estado de Alagoas, registrados em fotografias, fitas cassete e fitas de vídeo, discos antigos, além de exibir uma coleção de objetos doados, rádios e máquinas fotográficas; a Fundação Teotônio Vilela promotora de espetáculos de grupos artísticos e show musicais, além de expor fotos e arquivos de Teotônio Vilela; a Igreja de Nossa Senhora do Livramento – com arquitetura neoclássica, guarda em seu interior uma bela pintura de Imaculada Conceição. Do lado de fora, as atrações são as doceiras, com tabuleiros repletos de pés-de-moleque, broas de milho e bolos de macaxeira; e o Museu de Arte Brasileira que tem em seu acervo uma das maiores coleções de pintura nordestina do Brasil, reunindo obras de artistas alagoanos, sergipanos, paraibanos, pernambucanos e cearenses. O espaço abriga ainda oficinas de pintura, exposições e eventos culturais.

O circuito cultural alagoano também se estende ao município Palmeira dos Índios, com o Museu Xucurus, que guarda rico acervo de peças religiosas, indígenas, da época da escravidão; a Casa Museu Graciliano Ramos, que reúne vestuários, livros, documentos e trabalhos diversos do escritor; a Biblioteca da Estação; a Catedral do vilarejo; e o Cristo de Goiti. Também se destacam os municípios Marechal Deodoro, com um rico museu homônimo à cidade, e Penedo, com o rico Centro Histórico Municipal de Penedo.