Projeto cultural, com objetivo de inclusão social e cultural no agreste alagoano.

sexta-feira, 19 de julho de 2013

 Profissionalização do mercado cultural passa pela aplicação da Ciência da Administração

O Brasil possui uma diversidade cultural como poucos no Mundo. Essa riqueza cultural reconhecida internacionalmente pode e deve ser uma das forças motrizes da economia nacional, impulsionando o turismo e outros setores da economia, fortalecendo a integração nacional, sobretudo em tempos de globalização, e servindo a infindáveis propósitos de apreensão do conhecimento e não apenas à indústria do entretenimento, que, aliás, em uma sociedade que nos exige ao limite, diuturnamente, é mais que necessário, é imprescindível ao equilíbrio psicossomático do indivíduo e por conseqüências muito benéficas, o psicossocial da nação.
Os mecanismos de incentivo a cultura ainda hoje, apesar da incontestável evolução, precisam ser aperfeiçoados para fazer frente às necessidades e exigências do público, renovando-o por meio da adequação dos regulamentos ao perfil da nova clientela, possibilitando o financiamento à pesquisa cultural e histórica no país, visando melhorar e diversificar os projetos no setor. Além do efetivo cumprimento aos princípios constitucional-administrativos (art. 37, da CF) nos processos licitatórios e criando estratégias de enfrentamento à concorrência dos demais produtos e serviços do mercado cultural e do entretenimento nacional, visando manter e expandir o setor.
Na esteira das mudanças sócio-econômicas e suas intermináveis discussões sobre o papel e as responsabilidades dos seus diversos atores, o mercado cultural brasileiro, sobretudo, o cinematográfico e o televisivo, vêm passando por uma aceitação no mercado internacional nunca antes experimentado. Contudo, para aproximarem-se dos números das grandes produtoras do mercado global é vital que as mais variadas manifestações culturais que o País possui estejam representadas em tais obras, o que talvez demore algumas décadas para ocorrer, para agravar ainda mais a situação, parte significativa da população brasileira, nunca foi ao cinema, ou talvez tenha ido menos de uma dezena de vezes em toda sua vida. Se falarmos de outras produções culturais como: o teatro, a literatura, a música erudita, as artes plásticas ou a dança clássica, por exemplo, os números são ainda mais cruéis e impressionantes. Não é raro encontrarmos em universidades espalhadas pelo Brasil graduandos que nunca foram assistir a uma peça teatral. Realidade inaceitável para um País que almeja ser reconhecido como grande nação desenvolvida e deseja ser "ouvido" em questões globais.
O mercado cultural e de entretenimento no Brasil, como em qualquer parte do mundo vem sofrendo profundas alterações, em função das restrições impostas pelas sociedades em um processo natural de mudança evolutiva, como, a proibição do uso de animais nos espetáculos circenses em diversos municípios brasileiros, exigem da equipe de produção artística níveis crescentes de criatividade em um cenário cada dia mais densamente ocupado, disputando o minguado recurso disponível para o setor. E, elevando ainda mais o nível de confusão, no setor em seus diversos níveis: pesquisa, elaboração, planejamento, pré-produção, produção, promoção, divulgação, execução e avaliação de alcance ou contrapartida, pós-produção, demandam uma complexidade de elaboração e execução crescentes, com gestão de equipes multidisciplinares compostos por: atores, diretores, produtores, técnicos áudio e vídeo, costureiras, fotógrafos, engenheiros, filósofos, historiadores, antropólogos, sociólogos, artistas plásticos, figurinistas, contadores, assessores de imprensa, designers, captadores de recursos, marceneiros, enfim, uma infinidade de profissionais que trabalham diretamente no cerne do projeto, no intuito de possibilitar a exibição dos espetáculos, além, dos que trabalham indiretamente ou contribuem informalmente para o sucesso do mesmo.
Uma atividade que reúne tão diversificada gama de profissionais e que serve da arte-educação ao entretenimento, passando pelo desenvolvimento interpessoal e melhor expressão oral e corporal de diversos profissionais em todas as áreas do conhecimento. Movimenta e incentiva ainda a economia local, na exibição dos espetáculos nacional ou internacionalmente, na produção dos projetos, exigindo ainda um mínimo de infraestrutura para sua exibição como: acomodação e locomoção do público, com transportes de massa de qualidade e/ou espaços seguros para estacionamento de veículos.
Em países sub-administrados como o Brasil, é "natural" que existam estruturas pesadas e extremamente burocráticas, inclusive e, sobretudo, organizando o setor cultural, que funciona em sua quase totalidade por projetos formatados para concorrer a esse ou aquele edital publicado, cada idéia implementada, deve ser estruturada, conforme os requisitos exigidos pela legislação pertinente e submetido ao crivo daquela comissão gestora do edital, ou da instituição executiva responsável pelo fiel cumprimento do incentivo governamental que será concedido, caso a caso, o mais detalhado possível, tanto na elaboração quanto e, sobretudo na execução e posterior prestação de contas, exigindo dos proponentes - nessa verdadeira babel - competências e habilidades, de um eficientíssimo gestor.
Ora, sendo o setor conhecido universal e inexoravelmente, como uma conjunção de agentes públicos e privados entorno de um determinado projeto, que demanda atividades com equipes multidisciplinares, tempos exíguos para sua elaboração e execução, poucos recursos, maior abrangência possível de público e políticas governamentais que exigem a inclusão sócio-cultural de comunidades marginalizadas, guarda de documentos por décadas, prestações de contas intermináveis e conhecimentos de leis tributárias, direitos autorais (lei n.º 9.610, de 19 de fevereiro de 1998) e das licitações (lei n.º 8.666, de 21 de junho de 1993), além de demais regulamentos, normas, portarias, enfim, um mundo de conhecimentos diversos, e mais, precisa enfrentar grandes e variadas restrições que se iniciam na fase de elaboração do projeto e perduram além da sua conclusão. Situações como estas requerem, exigem indubitavelmente a inserção de um profissional articulador, por formação, com visão sistêmica e por conseqüência catalisadora, fornecendo as argumentações necessárias, enfrentando as restrições envolvidas visando alcançar a máxima efetividade no planejamento e execução dos projetos culturais e seus desdobramentos na economia local haja vista ser essa uma atividade empregadora intensiva de mão-de-obra na área da economia limpa, geradora de divisas no setor de turismo regional, nacional e internacional.
Setores do mercado cultural como o teatro, a música erudita, a literatura, as artes plásticas, a dança clássica, necessitam de ações, políticas mesmo de formação de público, seja levando os espetáculos às praças, escolas, parques, faculdades; seja inserindo-se em outros meios de expressão artística e até em mídia televisiva fragmentos ou abordagem de temas direcionados, visando provocar o público. Aliás, há atualmente uma intensa discussão no meio cultural a respeito da "industrialização" da cultura e a descaracterização de movimentos culturais locais, alguns, já desapareceram, outros agonizam e para preservar o que o país ainda possui de raízes, o que é muito e diversificado. Sem sombra de dúvidas que a solução passa pela profissionalização do setor, ou de alguns setores da cultura e do entretenimento, despertando o interesse da comunidade local por sua história, intensificando o intercâmbio regional e internacional para semear um futuro onde as pessoas além de orgulharem-se de suas raízes possam vivenciá-las, trabalharem e viverem dignamente.

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Cultura X Patrocínio Cultural

No Brasil, Lula representou a vanguarda nessa política. Sem uma política que contemple a enorme diversidade cultural e artística de um país imenso como o Brasil, o governo Lula foi esvaziando progressivamente as instituições do Estado e transferindo para as empresas o gerenciamento da cultura.

Existe um verdadeiro monopólio por parte do empresariado privado em relação à cultura. O Sesc, entidade que reúne os empresários do setor do comércio, montou uma rede de centros culturais luxuosos aos quais só têm acesso as produções que se enquadram em uma extensa lista de exigências. Basicamente o que isso tem provocado é o empresariamento da produção cultural, com a conseqüente dissolução das pequenas produções independentes.

A cultura e a arte no Brasil, caminham ao sabor do mercado e dos interesses políticos do governo no momento.

É uma política dúbia, ou seria mais claro dizer que o governo não tem uma política cultural, não tem um projeto definido. Enquanto um banco como o Bradesco, por exemplo, “patrocina” a milionária companhia canadense Cirque du Soleil, a arte circense no Brasil está jogada no limbo há décadas.

Ao mesmo tempo, o governo faz populismo com a cultura, por meio de políticas assistencialistas nos bairros pobres, onde as Ong’s, entidades religiosas e fundações ligadas ao imperialismo levam uma política de convivência cidadã e programas que geram muita propaganda para o governo, mas pouca sustentação ao trabalho artístico.

Sem condições de disputar a atenção do público com os milionários eventos patrocinados pelas empresas, meu projeto não foi contemplado das inúmeras vezes que participou de editais ou solicitação de patrocínios dirigidos diretamente as empresas. isso prejudica o avanço da arte, prejudica o processo de formação de público.

Se partimos da virada do milênio, temos aí uma retrospectiva de montagens que se preocupam sobretudo em abordar essas transformações, nem que para isso tenham de lançar mão de conceitos estéticos já conhecidos, porque não há verba ou qualquer incentivo para a pesquisa teatral e a descoberta de novas linguagens. Algo parecido ocorre no cinema, onde apenas alguns poucos diretores conseguem apoio das empresas para rodar seus filmes. As chances são cada vez mais restritas e o “padrão Hollywood” domina as produções nacionais.

Essa é a própria negação da cultura. Ao contrário do que dizem os teóricos da pós-modernidade, que proclamam “tudo é cultura”, hoje em dia “nada é cultura”. Porque o que predomina é a cultura comercial, que dilui as diferenças e impede a criação, quando na verdade a cultura é o que move o indivíduo para longe da indiferença, da indistinção; cultura é uma construção que só pode proceder pela diferenciação. Seu oposto é a diluição. O que faz o cinema comercial, por exemplo – e com ele toda a não-cultura – é promover a diluição, para que possa se multiplicar comercialmente, como mercadoria (Teixeira Coelho, “O que é Ação Cultural”).



quarta-feira, 6 de abril de 2011

Conheça o Projeto Aplauso no Agreste!


Num país com a extraordinária diversidade cultural do Brasil, projeto "Aplauso no Agreste" tem por objetivo auscultar as diferentes expressões culturais do Nordeste.
Aplauso no Agreste tem como prioridade e objetivo realizar um amplo processo de inclusão cultural, garantindo, de forma progressiva, o acesso de toda a cidadania à produção e fruição cultural, bem como a livre circulação de idéias e de formas de expressão artística.
A memória, o patrimônio imaterial que lhe dá fisionomia, que a perpetua e alimenta a criação de novas representações no artesanato, no cordel, na literatura, nos repentistas, nas técnicas artesanais, na dança, no folclore, na música, nas festividades religiosas, na arquitetura, lida, em uma palavra com a alma do povo. É possível dizer que se o desenvolvimento econômico expresso o bem-estar material de uma nação, é o desenvolvimento cultural que define a sua qualidade.
Está expresso nesse texto o compromisso do projeto como o direito básico do cidadão, como um direito republicano tão importante como o direito ao voto, à moradia digna, à saúde, à educação, à aposentadoria: a transmissão dos seus valores ensinados e aprendidos ao longo da história.
A valorização da cultura regional é um elemento fundamental do projeto no resgate da identidade do país. É preciso, pois, abrir espaço para a expressão de nossas peculiaridades culturais, sem que isso se confunda com um nacionalismo estreito, mas sim articulado e aberto às culturas. Trata-se, na linha de nossa melhor tradição cultural nordestina, de resgatar os traços peculiares de nossa identidade em formas de expressão de cunho universal, isto é, em diálogo aberto com todo mundo.
Aplauso no Agreste tem como foco principal a inclusão cultural, social, educacional e o regaste da cultura nordestina. O projeto prevê a inclusão de crianças, adolescentes, jovens, como também, da população de modo geral de Palmeira dos Índios, povoados, cidades circunvizinhas no Agreste Alagoano, por meio do acesso a eventos culturais da região.
Na construção da cidadania, à cultura desempenha o importante papel de fortalecer a auto-estima e o sentimento de pertencimento do indivíduo em seu grupo, sua comunidade, sua cidade. Nesse sentido, pelo caminho do acesso à cultura, o projeto Aplauso do Agreste! Surge com o intuito de promover a melhoria da qualidade de vida das crianças, adolescentes e jovens de baixa-renda de Palmeira dos Índios, município do interior alagoano.
A iniciativa pretende incentivar e viabilizar o acesso de crianças, adolescentes, jovens da rede pública de ensino municipal e superior a eventos culturais do município e do Estado de Alagoas, tais como: visitas monitoradas aos monumentos históricos, festas populares e religiosas, exposições de obras dos artesãos, centros culturais, concertos musicais de rabequeiros, espetáculos folclóricos, teatrais, dança e atividades culturais criadas e realizadas pelos participantes do projeto com intuito de fortalecer a cultura local ex.: (Pastorinhas, Festa de Reis, Toré, Coral das Lavadeiras do Rio Paraíba – AL, Rabequeiros, Bacamarteiros, Literatura de Cordel, Repentistas) entre outras.
Somos mestiços. Não apenas etnicamente mestiços. Somos culturalmente mestiços. Dançando o Aruanã sob a lua; rezando numa capela de Nossa Senhora Chestokova; curvadas sobre a almofada da renda de bilros; trocando objetos e valores no Moitará; depositando votos aos pés dos nossos santos; sambando na avenida; contemplando a pedra barroca tocada pela eternidade do Aleijadinho; dobrando a gaita numa noite de frio, no sul; tocados pela décima corda da viola sertaneja; possuídos pelo frevo e o maracatu nas ladeiras de Olinda e Recife; atados à corda do Círio de Nazaré; o coração de tambores percutindo nas ruas do Pelourinho ou no sapateado do cateretê; girando a cor e a vertigem do Boi de Parintins e de São Luiz. Somos irremediavelmente mestiços.
Aplauso no Agreste lida com Cultura, sendo assim, lidamos com valores simbólicos, materiais e imateriais. Numa sociedade como a nossa, que vive uma profunda crise de valores, esse, sem dúvida, será um campo em que podemos marcar as profundas diferenças que mantemos com as propostas conservadoras.
Além de promover a cidadania pelo caminho da cultura em Alagoas, segundo estado brasileiro com o menor índice de Desenvolvimento Humano (IDH), Aplauso no Agreste! Contribui com a descentralização de investimentos no setor cultural e a democratização do acesso à cultura – bandeira atualmente levantada pelo Ministério da Cultura com a proposta de reforma da Lei de fomento e incentivo à cultura – Lei Rouanet, diante da concentração de captação de recursos no eixo Rio - São Paulo e no Sul do país.
Na construção da cidadania, a cultura desempenha o importante papel de fortalecer a auto-estima e o sentimento de pertencimento do indivíduo em seu grupo, sua comunidade, sua cidade. Nesse sentido, pelo caminho do acesso à cultura, o projeto Aplauso do Agreste! Surge com o intuito de promover a melhoria da qualidade de vida das crianças e adolescentes de baixa-renda de Palmeira dos Índios, município do interior alagoano, com cerca de 70 mil habitantes.
A iniciativa pretende incentivar e viabilizar o acesso de cerca de oito mil crianças e adolescentes da rede pública de ensino municipal a eventos culturais do município e do estado de Alagoas, tais como: visitas monitoradas a monumentos históricos, exposições de obras de arte em museus e centros culturais, concertos musicais, espetáculos folclóricos, teatrais e de dança, dentre outras atividades culturais realizadas na região.
Além de promover a cidadania pelo caminho da cultura em Alagoas, segundo estado brasileiro com o menor índice de Desenvolvimento Humano (IDH), Aplauso no Agreste! Contribui com a descentralização de investimentos no setor cultural e a democratização do acesso à cultura – bandeira atualmente levantada pelo Ministério da Cultura com a proposta de reforma da Lei de fomento e incentivo à cultura – Lei Rouanet, diante da concentração de captação de recursos no eixo Rio - São Paulo e no Sul do país. 

Equipe:

Coordenador na área social: Felipe Leonardo B.Farias
Assessoria de Imprensa: Sara Couto
Assessor Cultural: Fábio Elias
Consultora de Captação: Juliana Barrena
Consultoria Financeira: Maria Edileuza
 

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Projeto Aplauso no Agreste

A

Pronac: 090695 – Aprovado pelo Ministério da Cultura – Art.18

Aplauso no Agreste tem como foco principal a inclusão sociocultural. O projeto prevê a inclusão sociocultural de jovens estudantes da rede pública de ensino de Palmeira dos Índios, no Agreste Alagoano, por meio do acesso a eventos culturais e preservação da cultura da região.

Além de viabilizar gratuitamente o acesso a atividades culturais como: visitas monitoradas a monumentos históricos, exposições de obras de arte em museus e centros culturais, concertos musicais, Festas populares, espetáculos folclóricos, teatrais e de dança, dentre outras, o projeto tem o intuito de contribuir para a valorização da memória, história e cultura da cidade.

A formação de monitores locais que acompanharão as atividades junto aos jovens e os debates e discussões que serão gerados em sala de aula após as visitas culturais deverão proporcionar uma transformação social e cultural nos participantes à medida que complementa a formação desses cidadãos.

Por meio do espaço de aprendizado que será proporcionado pelo projeto, os jovens participantes também serão incentivados a desenvolver habilidades sociais de convivência e participação. O reconhecimento do bom desempenho do jovem dentro do grupo ajuda-o a notar seu valor, sua importância e sua função na sociedade.

Formação acerca da cultura e história de Palmeira dos Índios bem como aspectos culturais em geral, a fim de que estejam preparados para acompanhar os jovens nas atividades culturais e também mediar os debates que acontecerão após as visitas em sala de aula, multiplicando o conhecimento adquirido na formação e também incentivando os jovens a se envolverem no novo mundo que passam a conhecer e fazer parte.

Justificativa:

Na construção da cidadania, a cultura desempenha o importante papel de fortalecer a auto-estima e o sentimento de pertencimento do indivíduo em seu grupo, comunidade, cidade. Assim, pelo caminho do acesso à cultura, Aplauso do Agreste surge visando promover melhoria da qualidade de vida da população de baixa renda de Palmeira dos Índios, no interior alagoano.

Além de promover cidadania por meio da cultura em Alagoas, 2º estado brasileiro com o menor Índice de Desenvolvimento Humano, o projeto contribuirá com a descentralização de investimentos no setor cultural e a democratização do acesso à cultura – atualmente discutidos na proposta de reforma da Lei Rouanet, diante da concentração de recursos no sul e sudeste do país.

O conceito de Edutainment (educação com entretenimento) proporciona às crianças, adolescentes e jovens a oportunidade de brincar aprendendo, atendendo necessidades do currículo regular de maneira lúdica. Com base nessa crença, o projeto prioriza passeios locais, atividades culturais e de lazer que valorizam o ensino da sala de aula, dando aos alunos a experiência prática, real e transformadora dos conceitos teóricos vividos no interior da escola.

O projeto também ajudará uma realidade em que, segundo dados do divulgados pelo IBGE, em 2008 92% dos brasileiros nunca freqüentaram museus; 93,4% jamais visitaram uma exposição de arte; 78% nunca assistiram a espetáculos de dança, teatro e concerto de música erudita.

Contribuirá coma descentralização de investimentos no setor cultural e a democratização do acesso à cultura-bandeira atualmente levantada pelo Ministério da Cultural com a proposta de reforma a Lei de Fomento e Incentivo à Cultura (Lei Rouanet) diante da concentração de captação de recursos no eixo Rio - São Paulo e no Sul do país.

Objetivo:

O objetivo principal do projeto é contribuir efetivamente para a democratização do acesso à cultura das camadas mais carentes da população do município de Palmeira dos Índios.

Esse objetivo será atingido com o incentivo e viabilização de visitas de alunos de escolas da rede pública de ensino municipal e entidades assistenciais a exposições culturais, museus, espetáculos teatrais e concertos musicais no ano 2011. A meta é atingir 10 mil estudantes da rede pública municipal, formando novas platéias e contribuindo para um futuro com melhores cidadãos, por meio de atividades culturais que acontecerão em dias da semana com horários pela manhã, à tarde ou à noite, conforme os horários de aula e das atividades culturais.

Para isso, serão selecionados 60 monitores no estado de Alagoas que receberão formação acerca da cultura e história de Palmeira dos Índios bem como aspectos culturais em geral, a fim de que estejam preparados para acompanhar os jovens nas atividades culturais e também mediar os debates que acontecerão após as visitas em sala de aula, multiplicando o conhecimento adquirido na formação e também incentivando os jovens a se envolverem no novo mundo que passam a conhecer e fazer parte.

Objetivos a serem alcançados:

- Melhoria da qualidade de vida;

- Inclusão social e cultural;

- Resgate da cidadania;

- Desenvolvimento educacional e profissional;

- Amenizar situação de crianças, adolescentes e jovens em risco social.

O projeto parte do princípio que a inclusão social e cultural incluí o individuo em um contexto que abrange o trabalho de equipe, a sensibilidade, a criatividade e o desenvolvimento da cultura pessoal e da comunidade.

Falta na região nordeste de iniciativas de inclusão à cultura, principalmente no agreste e sertão, onde a população não tem acesso ou condições financeiras. Assim, o projeto viabilizará a ida de 10 mil alunos às atrações culturais gratuitamente com monitoria educativa e transporte.

Equipamentos Culturais de Alagoas


Os espaços culturais abaixo já foram visitados e informados sobre o projeto Aplauso no Agreste, demonstrando grande interesse em colaborar com o mesmo.

Aplauso no Agreste levará os estudantes de baixa-renda de Palmeira dos Índios e da capital, Maceió aos espetáculos artísticos, exposições e eventos culturais em geral, realizados pelos diversos equipamentos culturais alagoanos.

Na capital, Maceió, onde se concentram os principais monumentos e igrejas do estado, destacam-se: o Museu Théo Brandão considerado a maior referência da Cultura Popular Alagoana, dispõe de fotografias, folhetos de cordel e livros, além de objetos da cultura brasileira; o Teatro Deodoro também chamado de “Das Princesas”, é palco de espetáculos culturais desde 1898; o Museu Pierre Chalita que guarda cerca de três mil peças entre pinturas, desenhos, pratarias, estatuário, mobiliário e quadros dos séculos XVII, XVIII e XIX. No sótão estão quadros de pintores brasileiros modernos, como Tarsila do Amaral; o Museu da Imagem e Som de Alagoas (MISA) – dispõe de dados sobre os principais acontecimentos políticos, sociais e artísticos do Estado de Alagoas, registrados em fotografias, fitas cassete e fitas de vídeo, discos antigos, além de exibir uma coleção de objetos doados, rádios e máquinas fotográficas; a Fundação Teotônio Vilela promotora de espetáculos de grupos artísticos e show musicais, além de expor fotos e arquivos de Teotônio Vilela; a Igreja de Nossa Senhora do Livramento – com arquitetura neoclássica, guarda em seu interior uma bela pintura de Imaculada Conceição. Do lado de fora, as atrações são as doceiras, com tabuleiros repletos de pés-de-moleque, broas de milho e bolos de macaxeira; e o Museu de Arte Brasileira que tem em seu acervo uma das maiores coleções de pintura nordestina do Brasil, reunindo obras de artistas alagoanos, sergipanos, paraibanos, pernambucanos e cearenses. O espaço abriga ainda oficinas de pintura, exposições e eventos culturais.

O circuito cultural alagoano também se estende ao município Palmeira dos Índios, com o Museu Xucurus, que guarda rico acervo de peças religiosas, indígenas, da época da escravidão; a Casa Museu Graciliano Ramos, que reúne vestuários, livros, documentos e trabalhos diversos do escritor; a Biblioteca da Estação; a Catedral do vilarejo; e o Cristo de Goiti. Também se destacam os municípios Marechal Deodoro, com um rico museu homônimo à cidade, e Penedo, com o rico Centro Histórico Municipal de Penedo.

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Ana de Hollanda, futura ministra da Cultura.

A cantora e compositora Ana de Hollanda foi escolhida para ser a nova ministra da Cultura. Ela será a primeira mulher a assumir a chefia do Ministério da Cultura, concretizando o desejo anunciado por Dilma de ter mais mulheres em cargos de chefia na Esplanada.

Ana de Hollanda esteve em uma sala de reuniões do edifício do BNDES para sua primeira coletiva de imprensa após o anúncio oficial feito pela equipe de transição. O encontro aconteceu na manhã desta terça-feira (22), no Rio de Janeiro.

Na conversa, a futura ministra falou de suas prioridades de gestão e se revelou ainda surpresa com o convite que recebeu da presidente eleita. Ana também reconheceu a qualidade da gestão iniciada por Gilberto Gil e continuada por Juca Ferreira, e destacou especialmente o trabalho realizado em regiões do Brasil onde anteriormente o MinC não atuava. Ela também assegurou que pretende dar continuidade a uma série de políticas culturais já implantadas e destacou a importância da criação do Instituto Brasileiro de Museus (IBRAM) e da implementação dos Pontos de Cultura como exemplos de ações de fortalecimento da política cultural no Brasil.

“O MinC tem dado prioridade em atender classes desfavorecidas, o que tem proporcionado um grande trabalho de inclusão social. Pretendo aproveitar essas ações e manter a Cultura como fator de inserção social”, disse Ana de Hollanda. “Não quero interromper este trabalho bem feito que tem sido desenvolvido pelo Ministério da Cultura, mas é evidente que cada gestor tem uma visão e vai dar suas prioridades ao que achar necessário”, completou.

Para a futura nova ministra, o centro da cadeia produtiva está na área da criação e destacou que pretende desenvolver um trabalho maior de fomento e difusão dessa área, passando pela música, o cinema, as artes plásticas, o circo, o design, o teatro, a dança, entre outras áreas. Ela também revelou sua preocupação com a diversidade cultural brasileira e pretende trabalhar em parcerias com os diversos setores, focalizando também na integração entre os ministérios.

Quando questionada pelos jornalistas sobre as reformas da Lei dos Direitos Autorais e da Lei Rouanet, Ana de Hollanda afirmou que essas questões continuarão sendo discutidas pelo Ministério da Cultura e acompanhadas por especialistas do setor, que analisarão o que deve ser mantido ou alterado ao longo de sua gestão.

Ana defendeu ainda a inserção da Cultura como fator relevante para elevação do nível social e de conhecimento do brasileiro, e que isso deve ser feito tanto por meio do consumo como da participação criativa. “A cultura é uma necessidade do ser humano prevista na Declaração Universal dos Direitos Humanos, o que naturalmente demonstrará a necessidade de mais verbas para esse setor”, declarou.

Trajetória

A Cultura sempre teve uma presença forte na vida de Ana de Hollanda, que vem participando de discussões do setor há pelo menos 30 anos.

Trabalhou no Centro Cultural São Paulo, da Secretaria Municipal de São Paulo, de 1982 a 1985, e chefiou o setor de música do órgão. Foi também Secretária de Cultura do Município de Osasco, entre 1986 e 1988, e diretora do Centro de Música da Funarte (Fundação Nacional de Artes), entre 2003 e 2007, quando teve a oportunidade de reavivar o Projeto Pixinguinha. Na Funarte, Ana de Hollanda também participou do projeto de criação das Câmaras Setoriais e coordenou a Câmara Setorial de Música.

Nos últimos três anos, ela fez parte da diretoria do Museu da Imagem e do Som (MIS), do Rio de Janeiro

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Memoial Darcy Ribeiro

O ministro da Cultura, Juca Ferreira, e o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, prestigiaram, nessa segunda-feira (06.12), a cerimônia de inauguração do Memorial Darcy Ribeiro, na Universidade de Brasília (UnB). Também estiveram presentes à solenidade o presidente do Uruguai, Pepe Mujica, o ministro da Educação e da Cultura do Uruguai, Ricardo Ehrlich, o ministro brasileiro da Educação, Fernando Haddad, e o presidente da Fundação Darcy Ribeiro (Fundar), Paulo Ribeiro.

O Memorial é resultado de um convênio entre o Ministério da Cultura (MinC) e a Fundar.

Projetado pelo arquiteto e parceiro de Darcy, João Filgueiras Lima, o Lelé, o espaço conta com salas de aula, biblioteca, espelho d’ água, além de um espaço para descanso e apresentações, apelidado Beijódromo pelo próprio Darcy.

O espaço, que parece um misto de oca indígena com nave espacial, tem uma área de 2 mil m² distribuída em dois andares. A biblioteca tem acervo de mais de 30 mil exemplares do antropólogo, além de documentos pessoais, como cartas trocadas com Oscar Niemeyer e com o filósofo francês Jean-Paul Sartre.

O local também contará exposições de artes brasileiras, que vão desde quadros de Portinari a artefatos indígenas.

Para o ministro da Cultura Juca Ferreira, o antropólogo Darcy Ribeiro foi um brasileiro que contribuiu pela defesa de importantes ideais. “Ele viveu exilado no Uruguai, lutou pela democracia na América Latina, lutou pelos direitos dos indígenas. Agora, toda a obra dele estará disponível aqui, para todos, para os alunos da UnB”. Juca Ferreira ressaltou ainda a importância de Darcy Ribeiro para a UnB. “Nós estamos lembrando a memória de um grande brasileiro. Se quisermos saudar a UnB, temos que saudar Darcy”.

O presidente Lula destacou que Darcy era um homem em permanente momento de exaltação do Brasil. “Havia a ideia de que ia faltar Brasil para tantas ideias de Darcy. Brasil não vai faltar, ele que faz falta”. Para o presidente, a construção é uma forma de exaltar a importância de Darcy. “Creio que a UnB e o Ministério da Cultura encontraram uma maneira muito feliz de manifestar a importância de Darcy para as ciências, para a Universidade e para o Brasil”.

Para o presidente do Uruguai, Pepe Mujica, o antropólogo ainda está vivo. “Todo o homem é um animal social porque precisa do outro, da sociedade. Darcy lutou pela Universidade, pelo mundo universitário, pela democracia. Creio que esses valores ainda estão vivos”. O reitor da UnB, José Geraldo de Souza Júnior, destacou que o Beijódromo é “o último presente de Darcy para a UnB”.